Você já sentiu aquele “frio na barriga” em momentos de ansiedade? Ou acabou percebendo que períodos de estresse prolongado acabam afetando seu sistema digestivo? Tenha em mente que esses sinais não são coincidência: eles revelam uma forte conexão entre o intestino e o cérebro, chamada de eixo intestino-cérebro.
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Esse elo valioso tem ganhado destaque em pesquisas científicas, mostrando que a saúde intestinal vai muito além da digestão. Ela é capaz de influenciar diretamente o equilíbrio emocional, a qualidade do sono e até mesmo a capacidade de lidar com situações estressantes.
No conteúdo de hoje, o Instituto Abasse vai te mostrar como funciona essa comunicação entre o intestino e o cérebro, de que maneira o desequilíbrio pode impactar sua saúde mental e física, e quais hábitos podem auxiliar a restaurar a calma interna.
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O que é o eixo intestino-cérebro?
O eixo intestino-cérebro é a rede de comunicação bidirecional entre o sistema digestivo e o sistema nervoso central. Essa conexão acontece principalmente através do nervo vago, de hormônios e de substâncias produzidas pela microbiota intestinal.
- Microbiota intestinal: trilhões de microrganismos que vivem no intestino e produzem neurotransmissores como serotonina e dopamina, essenciais para o humor.
- Sistema nervoso entérico: conhecido como “segundo cérebro”, é uma rede de neurônios localizada na parede intestinal que se comunica com o cérebro.
- Resposta imunológica: o intestino possui papel central no sistema imune, e processos inflamatórios intestinais podem afetar diretamente o equilíbrio mental.
Assim, quando a microbiota está saudável, a comunicação acontece de forma harmoniosa, favorecendo o equilíbrio emocional. Mas, quando há desequilíbrio, sintomas como ansiedade, estresse crônico e até depressão podem se intensificar.
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Como o estresse afeta o intestino
O estresse ativa o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), levando à liberação de cortisol, o hormônio do estresse. Esse excesso de cortisol pode:
- Diminuir a diversidade da microbiota intestinal;
- Aumentar a permeabilidade intestinal (o chamado “intestino permeável”);
- Desencadear processos inflamatórios;
- Alterar a produção de neurotransmissores ligados ao bem-estar.
É por isso que, em períodos de estresse, várias pessoas relatam sintomas como má digestão, diarreia, prisão de ventre ou desconforto abdominal.
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Como o intestino influencia o controle do estresse
Se, por um lado, o estresse atrapalha o intestino, por outro, um intestino saudável pode auxiliar no controle da resposta ao estresse. Isso ocorre porque:
- 90% da serotonina é produzida no intestino;
- Probióticos equilibram a microbiota e diminuem inflamações;
- Prebióticos (fibras alimentares) alimentam as boas bactérias e fortalecem essa comunicação saudável;
- Um intestino em equilíbrio envia sinais positivos ao cérebro, favorecendo calma, foco e resiliência emocional.
Estudos mostram que pessoas com uma microbiota equilibrada apresentam menor risco de desenvolver transtornos relacionados ao estresse, como por exemplo: ansiedade e insônia.
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O futuro das pesquisas sobre o eixo intestino-cérebro
A ciência já está avançando muito no entendimento dessa conexão. Já existem estudos sobre a utilização de psicobióticos, cepas específicas de probióticos capazes de modular o humor e diminuir sintomas de ansiedade e depressão.
Embora ainda seja muito cedo para conclusões definitivas, as evidências reforçam um ponto importante: cuidar do intestino é, também, cuidar da mente.
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