Intestino e hormônios: como o eixo gut-brain regula seu peso e bem-estar

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Nos últimos anos, a ciência está desvendando um tema que parecia impensável há algumas décadas: o intestino não é somente responsável pela digestão e absorção dos nutrientes, mas também desempenha um papel decisivo no equilíbrio hormonal, no peso corporal e até no humor. 

 

Eixo intestino-cérebro e controle do estresse: como restaurar a calma interna

 

Essa conexão, conhecida como eixo intestino-cérebro (gut-brain axis), mostra como a saúde intestinal está intimamente ligada ao funcionamento de hormônios que controlam a fome, a saciedade, o metabolismo e o bem-estar geral.

 

Se você já se questionou o motivo pelo qual algumas pessoas têm mais dificuldade em perder peso ou por que o estresse afeta tanto o apetite e o acúmulo de gordura, saiba que a resposta pode estar nessa relação direta entre intestino, hormônios e cérebro. 

 

No conteúdo de hoje, o Instituto Abasse irá explorar como isso funciona e de que maneira cuidar do intestino pode transformar sua saúde física e emocional. Vamos lá!? Boa leitura.

 

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O papel do intestino na regulação hormonal

 

Atualmente, o intestino é considerado por muitos pesquisadores como o “segundo cérebro” do corpo humano. Afinal, ele abriga um enorme conjunto de neurônios no sistema nervoso entérico e mantém uma comunicação constante com o cérebro através do nervo vago e de sinais químicos.

 

Além disso, vale ressaltar que o intestino abriga trilhões de bactérias que formam a chamada microbiota intestinal. Essas bactérias não apenas auxiliam na digestão, mas também produzem substâncias que influenciam diretamente na liberação de hormônios cruciais para o equilíbrio do corpo.

 

Confira os principais hormônios modulados pelo intestino

 

  • Grelina: Conhecida como o “hormônio da fome”, ela é regulada pelo intestino e envia sinais ao cérebro indicando quando precisamos comer.
  • Leptina: É o hormônio da saciedade. Sua função é avisar ao cérebro quando já ingerimos energia suficiente.
  • GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon-1): Produzido no intestino, ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue e promove saciedade.
  • Cortisol: Está ligado ao estresse. Sua produção pode ser influenciada pela saúde intestinal, já que desequilíbrios na microbiota aumentam a resposta inflamatória e elevam seus níveis.
  • Serotonina: Aproximadamente 90% desse neurotransmissor é produzido no intestino, e ele está diretamente ligado ao humor, à sensação de bem-estar e à regulação do apetite.

 

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Como o eixo gut-brain influencia o peso corporal

 

Várias pessoas acreditam que o excesso de peso está somente relacionado ao consumo exagerado de calorias e à falta de exercício físico. Embora esses fatores sejam relevantes, a ciência nos mostra que o intestino e seus sinais hormonais possuem um papel determinante no controle do peso.

 

Quando a microbiota intestinal está equilibrada, acontece uma produção saudável de hormônios e neurotransmissores que mantêm o corpo em homeostase. No entanto, quando há disbiose (desequilíbrio da flora intestinal), alguns problemas podem aparecer, confira:

 

  • Fome excessiva: Níveis elevados de grelina fazem com que a pessoa sinta vontade de comer o tempo todo.
  • Saciedade prejudicada: A baixa produção ou resistência à leptina impede que o cérebro perceba quando já houve ingestão suficiente de energia.
  • Acúmulo de gordura: Inflamações causadas por disbiose alteram a sensibilidade à insulina, favorecendo o acúmulo de gordura visceral.
  • Alterações no humor e ansiedade: A queda na produção de serotonina afeta diretamente o bem-estar, levando a episódios de compulsão alimentar.

 

Sendo assim, não é somente uma questão de disciplina alimentar, mas também de como o intestino conversa com os hormônios do corpo.

 

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O impacto no bem-estar e na saúde mental

 

O intestino e o cérebro se comunicam através de uma via de mão dupla. Isso significa que o estresse e as emoções são capazes de afetar a saúde intestinal, ao mesmo tempo em que o estado do intestino influencia o funcionamento cerebral.

 

  • Ansiedade e depressão: Desequilíbrios na microbiota diminuem a produção de serotonina e dopamina, impactando diretamente a saúde mental.
  • Qualidade do sono: Hormônios ligados ao intestino afetam o ritmo circadiano e a produção de melatonina.
  • Controle do estresse: Um intestino saudável ajuda a regular o cortisol, trazendo maior equilíbrio ao corpo.

 

Em resumo, um intestino equilibrado é essencial para uma mente equilibrada.

 

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Como cuidar do intestino para equilibrar os hormônios

 

É possível fortalecer a comunicação entre o intestino e o cérebro por meio de hábitos simples e consistentes. Veja alguns pontos fundamentais:

 

  • Alimentação rica em fibras: Vegetais, frutas, cereais integrais e leguminosas alimentam as bactérias benéficas da microbiota.
  • Probióticos: Alimentos fermentados como kefir, iogurte natural, kombucha e chucrute ajudam a repovoar o intestino com microrganismos saudáveis.
  • Prebióticos: Banana verde, alho, cebola e aveia são ótimos aliados para estimular o crescimento das bactérias boas.
  • Sono de qualidade: Dormir bem regula o cortisol e fortalece o equilíbrio hormonal.
  • Gestão do estresse: Práticas como respiração profunda, meditação e atividade física auxiliam a reduzir os impactos do estresse sobre o intestino.
  • Hidratação adequada: A água é essencial para manter a digestão fluindo e a microbiota saudável.

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Conclusão

 

O eixo intestino-cérebro é uma das descobertas mais fascinantes da medicina moderna e revela como a saúde intestinal é capaz de influenciar diretamente a produção de hormônios que regulam o peso e o bem-estar.

 

Cuidar do intestino não significa somente melhorar a digestão, mas sim equilibrar o corpo como um todo: controlar o apetite, diminuir o acúmulo de gordura, manter a calma diante do estresse e promover uma vida mais saudável e plena.

 

Sendo assim, se o seu objetivo é regular o peso, ter mais energia e se sentir melhor consigo mesmo, comece olhando para dentro: afinal, o segredo pode estar na saúde do seu intestino.

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